Palavras de asco percorrem meus pensamentos
A pedra que atirei foi a mesma que me fez ter orgasmo na noite passada
O livro que li me serviu de papel higiênico em dias chuvosos.
Hoje o passado
Amanhã o que já sei.
Sinfonicamente permaneço imóvel, mas não alheio ao cotidiano de pedras e cascalhos, que so brevoam minha mente refletida nos olhos que até ontem pertenciam a mim, e hoje pertencem a incognita ou a interrogação, que juntas amam a mesma exclamação.
Florestas e rios choram em finais de domingos regados a cerveja
Ouço a flauta que vem em minha direção e nada faço para interrompe-la
Caminho entre arames farpados e sedas, e ao mesmo tempo sigo caminhando
Rogo meu ódio a mim, mesmo humano inumano e carrasco de meus sonhos pesadelisticamente.
Hoje tive um pesadelo
E vi a humanidade feliz.
Cai da cama e descobri que era apenas um sonho, e que o pesadelo me enganou
Meus pés estavam sangrando e por impulso ri, gargalhei e sequencia gozei
Literalmente gozei de minha dor
De ver meu sangue correr por entre meus dedos
Cansado de partir
Resolvi escrever o que não sinto nesse pequeno pedaço de realidade
Nesse pequeno eu mesmo
Sacou!?
(Tataw - 16.08.2002)
7 de out. de 2004
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