18 de jun. de 2004

eternos caminhantes de Lasar Segal

Tr?s. A feminista-b?bada, o intelectual-tarado, a antropóloga sóbria. A loucura cavalga, numa mula, num cavalo roxo, numa moto e nestas linhas. Conversávamos, mas éramos tr?s retas paralelas, infinitas, inpares. Éramos tr?s-cabeças-entorno-de-uma-mesa; a feminista-b?bada lia Caio Fernando Abreu - "Cuidado comigo: eu sou a dama que mata, boy."*- o intelectual-tarado bolina, baba e goza nas pernas abertas da aurora. A antropóloga-sóbria observa, escreve, boceja, gargalha - "Que merda é essa?"
Bolina-beija-l? (ninguém escuta), observo, vacilo, de novo: Bolinam-beijam-l?-vácuo-surto-som.
"Me bate na cara!" grita a feminista-b?bada, ninguém.
Escreve-escreve-escreve. Quase choro. O sol está bem alto e a sobriedade já n?o é a mesma. Agora a feminista-b?bada e o intelectual-tarado se atracam/entrosam, a antropóloga-sóbria sobra "parada, pateta, sentada na mesa do bar. Sem fzer nada, como se tivesse desaprendido a linguagem dos outros"*

* Caio F. Abreu: Dama da noite In: Os drag?es n?o conhecem o paraíso

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